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Complemento
nominal completa o sentido de um substantivo abstrato, de um adjetivo ou de um
advérbio. CN sempre vem preposicionado.
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Adjunto
adnominal sempre completa o sentido de um substantivo concreto, exceto em casos especiais. Adj. adnominal
nem sempre é preposicionado.
Exemplos:
1)
Os homens são insensíveis ao sofrimento alheio.
Adjetivo/predicativo do sujeito Complemento nominal.
O complemento nominal é um termo integrante, ou seja, é indispensável. A frase, sem ele,
perde o sentido. Ao retirarmos o complemento nominal, não conseguimos entender
a oração: os homens são insensíveis. Insensíveis
a quê? – Uma pergunta é gerada, pois faz-se necessário um CN para completar
o sentido da oração.
2)
Agi favoravelmente
a eles.
Advérbio/objeto direto Complemento nominal.
[Eu] agi favoravelmente a quem? A eles. O CN, novamente, gera uma
pergunta. Sem ele, é impossível que a frase tenha sentido completo.
3)
Tenho medo do escuro.
Substantivo abstrato Complemento nominal.
Todo substantivo abstrato gera automaticamente uma pergunta. Tenho medo... de(o) quê? Se alguém tem medo, tem medo de algo ou
alguma coisa. Os substantivos abstratos sempre geram perguntas, pois
necessitam de alguém ou de algo para existirem. Os substantivos concretos não geram perguntas. Por exemplo: tenho
um carro. Carro, aqui, é um substantivo concreto. Ninguém, ao ler essa frase,
pensaria: “tenho um carro de quê?” Assim,
nunca haverá complemento nominal à frente de um substantivo concreto, pois não
é necessário completar sentido algum.
4)
Eles compraram um carro de maneira para seu filho.
Substantivo concreto Adjunto adnominal
Como eles compraram um carro,
e carro é substantivo concreto, não é
indispensável complementar o sentido da frase com um complemento nominal. No
caso, qualquer característica atribuída a carro é dispensável; ou seja, não é
necessário dizer que o carro é de maneira para completar o sentido de compraram um carro. O adjunto adnominal apenas adiciona
uma característica dispensável ao objeto.
5)
Caso
especial:
Ouvi as
críticas da minha
família calado.
Substantivo abstrato Adjunto adnominal
Apesar da palavra crítica ser
um substantivo abstrato, o termo seguinte é adjunto adnominal. Nesses casos,
para diferenciar entre CN e adjunto adnominal, basta fazer-se uma simples pergunta,
nesse caso: “ouvi as críticas... de quem?!” Da minha família. Como a resposta à pergunta anterior foi
suprida sem inconsistência, trata-se de adjunto adnominal. Se a resposta estivesse
incongruente em relação à pergunta, seria CN.
6)
2ª caso
especial:
Ouvi as
críticas aos meus amigos atônito.
Substantivo abstrato Complemento nominal
Novamente, faz-se necessário uma pergunta simples: “ouvi as críticas...
de quem?!” Aos meus amigos...!? Se alguém
ouve críticas, ele ouve crítica de algo ou alguém. A resposta, nesse caso,
não bate com a pergunta; ou seja, aos meus amigos é complemento nominal. O macete, aqui, está em analisar a pergunta
e a resposta suscitadas pelo substantivo abstrato. Então, se a resposta não
supri a pergunta, trata-se de CN.
Outros exemplos para elucidar melhor:
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Presenciei
o assalto da quadrilha. Presenciei o assalto
do quê? De quem? Da quadrilha (Adjunto adnominal).
·
Presenciei
o assalto ao banco. Presenciei o assalto do
quê? De quem? Ao banco!? (CN)
Obs: em alguns casos não será possível utilizar esse
macete. Quando isso ocorrer, é necessário
se guiar pela gramática mesmo.